domingo, 27 de junho de 2010

Efeitos da Anchova

Um dia depois de preparar uma receita aplaudida demoradamente por R. Os efeitos são os seguintes: 

a. Louça para lavar. Anchovas tem um odor característico. É curioso, pois cruas têm odor desagradável, quando fritas, assadas ou cozidas, isso se altera profundamente. Ficam com paladar, odor e textura fantásticos. Mas o fato é que a louça - lembrem, usei azeite para "grelhar" (100 ml de azeite é quase para "fritar) - ficou com um cheiro forte de Anchovas. Só com muita água quente depois foi possível amenizar essa lembrança; 

b. Cozinha para limpar. Foi o mesmo efeito. Hoje pela manhã tive de usar um pano com álcool para limpar o fogão. R. nem se mexe. 

c. Noite no hospital. Coincidência ou não, ontem visitei o Hospital. Aquele, vizinho ao Estádio do Morumbi. Emergência médica de hospital sofisticado é diferentel. Já frequentei emergência em hospitais no litoral, em outras Capitais e, aqui em SP, já estive em alguns "bons" prontos-socorros. Mas em nenhum deles o médico se demorou a explicar a diferença entre "sintomas" (o que eu relato) e "sinais" (o que ele visualiza pelo exame clínico). É isso mesmo: semiótica aplicada à medicina. 

Confesso-lhes que era um mau estar relacionado com dormência em um dos braços. Na minha idade isso assusta. Creio que não tinha a ver com as Anchovas. Talvez com a mistura delas aos purê, à raiz-forte, ao vinho quente, à cerveja, às salsichas, ao queijo de coalho, ao curau, à pamonha, e - se não me esqueço de alguém - ao favo holandês.


Eletrocardiogramado, diagnosticado e medicado, ainda deu tempo para assistir a um trecho inicial de "Bastardos Inglórios". Adorei o final, visto só hoje, após Alemanha e Inglaterra, Festa Junina e Argentina e México.


d. Boa lembrança. O último e principal efeito no day after Anchova é aquele sabor delicioso. Todo o ruim se foi, restou apenas a boa lembrança de uma refeição com R. 

Boa semana a todos!

Nenhum comentário: